Mãos suando frio, noites insones, desconforto na boca do estômago, leve desespero – como se o mundo fosse acabar no minuto seguinte. Esses foram alguns dos sintomas que me levaram a bater na porta do consultório do médico homeopata João Luiz Matoso. Talvez para você, leitor, isso soe como um exagero, mas quem sofre de ansiedade sabe bem do que estou falando. Sou um ansioso convicto peno desse mal há muito tempo.Eu nunca tinha feito uma consulta homeopática na vida. Inicialmente não notei nada de diferente das consultas alopáticas. Estavam ali a sala de espera (a maioria dos pacientes tinha aproximadamente 40 anos), a atendente e o médico vestido de branco.
Lá dentro do consultório percebi algumas mudanças no ambiente. Sobre o balcão, as tradicionais amostras de remédio foram trocadas por pequenas ampolas de misturas homeopáticas. O doutor pergunta o motivo da minha visita. Explico. Ele pede para que eu fale um pouco sobre a minha vida. Fico um pouco surpreso. Afinal não pediu para eu deitar na maca nem medir minha pressão ou colocou aquele palitinho para ver a minha garganta.
Fiquei ali tagarelando durante uma hora e meia. Essa é outra diferença: o tempo da consulta. Contei sobre a minha infância, as minhas viagens, os meus relacionamentos, os meus parentes. De vez quando o médico pedia esclarecimento de um ou outro ponto. Tudo é anotado num papel. Percebo que os homeopatas têm muito de psicólogo. O meu caso talvez não tivesse muito sentido no mundo da alopatia, porque não há química que dê cabo a ansiedade.
O médico explica que a homeopatia com as emoções do paciente, porque o ser humano é visto como múltiplas partes, entre elas a física e a mental. Portanto, não adianta indicar um remédio para curar o corpo se a alma continua adoentada. E tem mais: o remédio que age sozinho. Ele é apenas mais um componente de cura. A forma como o paciente encara as situações conta muito para uma vida saudável. Em outras palavras, exercícios físicos e relaxamento mental são bem-vindos.
O início do meu tratamento inclui um remédio para ser tomado duas vezes por dia, uma bateria de exames (sangue, urina, etc) e um mantra! (isso mesmo, um mantra). Mas não há regras. Muda de pessoa para pessoa. Assim como o tempo do tratamento.
Paulinho Lencina, lendo Mario Quintana e aprendendo a esquecer a ansiedade.
Lá dentro do consultório percebi algumas mudanças no ambiente. Sobre o balcão, as tradicionais amostras de remédio foram trocadas por pequenas ampolas de misturas homeopáticas. O doutor pergunta o motivo da minha visita. Explico. Ele pede para que eu fale um pouco sobre a minha vida. Fico um pouco surpreso. Afinal não pediu para eu deitar na maca nem medir minha pressão ou colocou aquele palitinho para ver a minha garganta.
Fiquei ali tagarelando durante uma hora e meia. Essa é outra diferença: o tempo da consulta. Contei sobre a minha infância, as minhas viagens, os meus relacionamentos, os meus parentes. De vez quando o médico pedia esclarecimento de um ou outro ponto. Tudo é anotado num papel. Percebo que os homeopatas têm muito de psicólogo. O meu caso talvez não tivesse muito sentido no mundo da alopatia, porque não há química que dê cabo a ansiedade.
O médico explica que a homeopatia com as emoções do paciente, porque o ser humano é visto como múltiplas partes, entre elas a física e a mental. Portanto, não adianta indicar um remédio para curar o corpo se a alma continua adoentada. E tem mais: o remédio que age sozinho. Ele é apenas mais um componente de cura. A forma como o paciente encara as situações conta muito para uma vida saudável. Em outras palavras, exercícios físicos e relaxamento mental são bem-vindos.
O início do meu tratamento inclui um remédio para ser tomado duas vezes por dia, uma bateria de exames (sangue, urina, etc) e um mantra! (isso mesmo, um mantra). Mas não há regras. Muda de pessoa para pessoa. Assim como o tempo do tratamento.
Paulinho Lencina, lendo Mario Quintana e aprendendo a esquecer a ansiedade.